Para propor adequadamente o tratamento nas cirurgias ortognáticas, o fisioterapeuta deve conhecer as estruturas acometidas e o processo de reparo tecidual de cada uma delas.
O modelo ideal da abordagem fisioterapêutica especializada inicia-se ainda na consulta pré-operatória. É o momento de conhecer o paciente, explicar e orientar sobre o tratamento, avaliar as alterações funcionais pré-existentes, traçar um prognóstico, além de apresentar uma estimativa de gastos no tratamento.
Podemos atuar no intraoperatório, tendo como objetivo principal, conter o edema e os tecidos descolados, com o uso da terapia compressiva, o conhecido tape mecânico.
No pós-operatório, a partir de uma criteriosa avaliação, é possível identificar em qual fase do reparo o paciente se encontra, suas limitações neuromioarticulares e direcionar o tratamento. Utilizamos diversas abordagens terapêuticas, desde o tratamento específico para os tecidos cicatriciais, edema, dor, neuralgias e mobilidade/amplitude articular.
⚠️ Algumas questões devem ser sempre lembradas:
➡️ Após a lesão tecidual, cada estrutura tem um período de cicatrização, tanto vasos linfáticos, mucosa, nervos e até os ossos. Por isso é importante saber que a reabilitação nas cirurgias ortognáticas é dividida em etapas, respeitando a recuperação de cada estrutura;
➡️ O fisioterapeuta deve se atentar a esses momentos e não se prender a protocolos prontos de drenagem e laser apenas, pois a fisioterapia especializada oferece muito mais que disso;
➡️ Se iniciado ainda no intraoperatório ou pelo menos no pós-operatório imediato, muitos déficits funcionais poderão ser amenizados e evitados.
O fisioterapeuta deve estar comprometido com a atualização científica, oferecer um tratamento de qualidade e que respeite todas as estruturas envolvidas.
